Vigília Pascal: Cristo ressurgiu da morte.
Pe.
Marcelino Sivinski
A Vigília Pascal é a
grande festa dos cristãos e possui a liturgia a mais solene da Igreja, a mãe de todas as vigílias e
liturgias. A celebração mais bonita e marcada pela emoção e pelo louvor. No
Exultet cantamos: Pois eis agora a Páscoa, nossa festa, em que o real
Cordeiro se imolou: marcando nossas portas, nossas almas, com seu divino sangue
nos salvou.
Na celebração, somos
acolhidos com palavras muito afetuosas: Nesta noite santa, em que nosso
Senhor Jesus Cristo passou da morte para a vida, a Igreja convida os seus
filhos dispersos por toda a terra a se reunirem em vigília e oração. Se
comemorarmos a Páscoa do Senhor ouvindo sua palavra e celebrando seus
mistérios, podemos ter a firme esperança de participar do seu triunfo sobre a
morte e de sua vida em Deus.
Na Vigília pascal,
noite toda iluminada com a luz do Ressuscitado, nela nós mergulhamos. Na liturgia sentimos o passado, hoje presente
na celebração. Vivemos o presente com a Ressurreição de Cristo e nossa
ressurreição, aqui e agora. Sentimos o futuro como presença, aqui e agora, de um final feliz. É a noite da
vitória, da alegria, da festa, pois a nossa vida em Cristo ressuscitado tornou-se luz, vida
e vitória. Aleluia.
Nesta noite, a
comunidade se reúne para celebrar a ressurreição do Senhor - acontecimento
histórico que a constitui e identifica. Celebra Cristo, o novo Adão, a nova criação do mundo. Cristo é o Moisés
que liberta o povo de todas as escravidões. Em Cristo o povo livre e peregrino,
fundamentado na nova Aliança com Deus, vive a plenitude da promessa e faz a
experiência da fraternidade e da
partilha.
O Círio Pascal é o
símbolo de Cristo Ressuscitado que vence toda escravidão. Acendemos as nossas
velas no Círio e saímos pelas ruas cantando a nossa ressurreição e nossa
vitória no Ressuscitado.
Na Vigília Pascal
lembramos e renovamos o nosso batismo. Pelo batismo morremos e ressuscitamos
com Cristo. Mergulharmos nas águas para enterrar todo pecado. Saímos da água
para simbolizar que em Cristo iniciamos uma nova vida, renovada e vivida no
Espírito Santo.
O momento alto desta
noite é a celebração da eucaristia. Bendizemos ao Pai que ressuscitou seu Filho
e nos faz participantes da sua vitória sobre a morte. Reunidos ao redor da
mesa, comemos o pão partilhado e bebemos o vinho, sangue derramado, como
convivas, na esperança de um dia participar para sempre na festa do Reino, que
um dia será plena e nunca se acabará.
A Vigília, portanto, é
constituída de três momentos fundamentais: o momento da Palavra, o momento do
batismo e o momento da eucaristia como ponto alto. Mas é preciso ver a Vigília
pascal no contexto do tríduo pascal que engloba a sexta-feira, o sábado e
o domingo.
Para os primeiros
cristãos a grande participação na páscoa de Cristo se dava na Vigília pascal. O
desafio hoje é resgatar o sentido original da Vigília pascal como ápice do ano
litúrgico e expressão máxima de participação na Ressurreição do Senhor.
Nesta celebração da
Vigília pascal, acolhamos a palavra da ressurreição e deixemo-nos abençoar por
esta palavra. Passando pelas águas batismais, mergulhemos na imensidão da
compaixão do Pai que nos recria para um novo jeito de viver.
A Vigília Pascal nos
liga e nos introduz na celebração do Domingo da ressurreição e nos move para a
festa dos cinqüenta dias de festa: “Este é o dia que o Senhor fez para nós.
Alegremo-nos e Nele exultemos” (Sl 118). Mas a missa da Vigília é a verdadeira
missa da Domingo de Páscoa. As outras missas durante o domingo são prolongamento
da Vigília e mantém o clima pascal festivo.
Perguntas para
reflexão pessoal ou em grupos
01. Por que a Vigília
Pascal é tão importante e tão significativa na vida da Igreja e nas celebrações
litúrgicas?
02. Como fazer
referência, ao longo do ano, nas celebrações litúrgicas, à Vigília Pascal?
03. Como você
costuma participar da Vigília Pascal? O
que ela significa em sua vida?
Fonte: Formação
Litúrgica em Mutirão
CNBB – Rede Celebra –
Revista de Liturgia
Lindo
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