segunda-feira, 9 de maio de 2016

Pantocrator - Itaici/2010


Pantocrator

Bogotá – Abril/2016.

 

“Pois n’Ele vivemos, nos movemos e existimos”.At. 17,28

 

Esta pintura foi minha primeira experiência com a pintura mural que realizei em 2010 em Itaici (Indaiatuna-SP). Foi uma descoberta muito interessante, gostei demais da técnica, as tintas com várias possibilidades de tonalidades, a textura da parede, enfim, foi um momento muito especial. Na montagem da capela contei com a ajuda de Samuel e Nêgo (carpintaria), Geni (costureira) e Néia (sacristia). Vejam fotos desta pintura em: https://www.facebook.com/renato.carvalho.39589/media_set?set=a.606823049380026.1073742027.100001570095135&type=3

 

A iconografia

 

Os temas cristãos são os mais famosos na iconografia; em 1570 havia um interesse marcado por este tipo de arte; Na verdade, naquele ano, se publicou "Sobre as pinturas e as imagens sagradas", um trabalho em forma de ensaio que descreve os aspectos fundamentais que devem ter uma pintura para pertencer a este gênero.

 

Mais tarde, com a descoberta das catacumbas cresceu o interesse e 1000 anos após se publicaram as primeiras hagiografias (história dos santos), onde retomaram as obras de natureza cristã e o contexto em que elas haviam surgido.

 

As personificações é outro dos temas que se distinguem na iconografia, através da qual eles poderiam entender muitas questões históricas de pessoas que de alguma forma transformaram o curso da história da humanidade. A "Iconologia de Ripa" foi uma das publicações mais influentes neste domínio; Foi um manual que analisou o conceito do abstrato e serviu como um guia para os artistas da época.

 

Finalmente, os emblemas eram outras imagens que foram estudadas. Era uma espécie de figuras simbólicas em que se usou linguagem figurada. Eles estavam mais perto dos hieróglifos que de pinturas abstratas com atributos específicos. Este tipo de trabalho cobrava uma importância significativa durante a Idade de Ouro, onde os artistas se baseavam em obras emblemáticas como motivo para suas pinturas e outras obras de arte.

 

A pintura

 

O atributo Pantocrátor («todopoderoso», do grego παντοκράτωρ, composto de παντός —em português: «todo»— e de um derivado de κρατός —em português: «força, poder»—) se aplicou a Zeus na mitologia grega. Na cultura cristã se utiliza para referir-se a Deus Pai Todo Poderoso e a Cristo.

 

Especificamente, na arte bizantina e românica, o termo Pantocrator que representava a imagem do Pai Todo-Poderoso e do Filho, ou seja, Criador e Redentor. A figura, sempre majestoso, mostra uma ou outra pessoa divina em atitude semelhante: com a mão direita levantada para a bênção e tendo na mão esquerda os Evangelhos ou Sagrada Escritura. Às vezes, se representa apenas o busto; outras vezes, a figura completa entronizada que, quando se trata do Pai, segurando em seus joelhos Cristo, Filho. Há dois lugares comuns para exibir o Pantocrator nas igrejas: no exterior, nos tímpanos das portadas, esculpidas em pedra; ou, no interior, pintado nas abóbadas no forno dos absides. Em qualquer caso, geralmente é enquadrado em um cerco oval conhecido como mandorla (a mandorla italiana = amêndoa) e ocupam os espaços adjacentes nos quatro números, figuras tetramorfos, ou seja, alegorias dos quatro evangelistas.

 

Cristo em sua paixão

 

"Quem quiser seguir-me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, e vem comigo"; "Quem não carrega sua cruz atrás de mim não pode ser meu discípulo". Estas palavras afiadas de Jesus, como precisa Lucas (Lc 9:23; 14:27), destinam-se a todos. Geralmente devemos compreendê-las em um sentido metafórico: o discípulo de Cristo deve aceitar as provações e sofrimentos da vida, como Simão de Cirene, forçado a carregar a cruz de Jesus. Mas a maneira de falar de Lucas, apoiado pela característica do radicalismo testemunhado em seus escritos, sugere um sentido mais realista.

 

O discípulo deve estar disposto a ser rejeitado e condenado pelo mundo, ridicularizado como Jesus foi. Quando, após o jantar, os apóstolos disputam sobre quem deles deve ser tomado como o primeiro, ele lhes diz: "O primeiro entre vós deve comportar-se como o menor; e governar, como aquele que serve"; "Eu estou no meio de vós como aquele que serve" (Lc 22,26-2 7).

 

O Evangelho da Paixão segundo Lucas particularmente sublinha o concreto, o alcance prático e realista dessas palavras e exemplos do Senhor, consciente de estar no tempo da batalha decisiva contra o "poder das trevas" (Lc 22,53 ), Jesus busca  forças para enfrentar a ele em oração e confiança em seu Pai. Aceita livremente perder a sua vida para que aqueles que "perseverar com ele em suas provações” sente com ele no banquete do Reino, sabendo o que é preciso para" perseverar "e sabendo da fraqueza dos seus mais generosos discípulos quando Satanás pretende testá-los , interceda junto ao Pai para que sua fé "não se apague" e quando são recuperados, eles possam "ser firmes" uns aos outros. Perdoando a Pedro que o negou, rezando para aqueles que estão matando e abrindo o paraíso ao malfeitor crucificado com ele, ele dá um testemunho final da infinita misericórdia de Deus, que tantas vezes ensinou por parábolas.

 

"Por que procurar entre os mortos aquele que vive?"

 

O Dia de Páscoa tem lugar num clima de paz, serenidade e alegria interior. É tempo de meditar sobre a Boa Nova que tem ressoado intensamente durante a noite. É tempo também para re-leer à luz do acontecimento pascal, todo o trabalho realizado por Jesus de Nazaré que, "ungido por Deus com o poder do Espírito Santo" oferece o perdão dos pecados para aqueles que acreditam nele. "O testemunho dos profetas é unânime."

 

Desde através do batismo vocês passaram da morte para a vida ", buscai as coisas lá em cima", diz São Paulo, "onde Cristo está sentado à direita de Deus." Quando ele aparece, "Você será revelado junto com ele em glória" (Col 3,1-4). Portanto, "celebramos a Páscoa, não com o fermento velho (corrupção levedura e maldade), mas com os ázimos da sinceridade e da verdade" (1 Cor 55,8).

 

Nos relatos da ressurreição segundo Lucas, há unidade de ação, tempo e lugar: tudo acontece no mesmo dia, em Jerusalém ou seus arredores. O evento vive, por assim dizer, toda a comunidade reunida, em que todos imediatamente compartilham com os outros a sua própria experiência e sua fé. O grupo de mulheres que tinham visto Jesus morreu na cruz, e tinha assistido ao seu funeral, migram para o túmulo "o primeiro dia da semana, de madrugada," com a intenção de embalsamar o corpo que sexta-feira teve de contentar envolto em uma mortalha. Na chegada, elas vêem que a pedra que cobre a entrada estava retirada, mas o crucificado não estava onde ele havia sido colocado. "Por que procurar entre os mortos aquele que vive? Não está aqui. Ele ressuscitou”. Para aceitar esta mensagem, que tem a concisão de uma profissão de fé pascal, lembre-se que Jesus disse "ainda na Galiléia." Os apóstolos, que em sua pregação apelam ao testemunho da Escritura, não tinham feito ainda esta tarefa. Pedro, que vai correndo ao sepulcro e o encontram assim como as mulheres haviam descrito, torna-se perplexo. Mas logo irá ver o Ressuscitado em pessoa(Lucas 24:34). Tornar-se-á, então, o intrépido pregador da Boa Nova (Atos 5:29), e como tinha prometido o Senhor, irá confirmar na fé os seus irmãos (Lucas 22:32).

 

Através de Cristo e nele todas as promessas de Deus são cumpridas. Os homens, "morreram para o pecado" na cruz do Filho de Deus, a cabeça da nova humanidade. E "vive para Deus" desde o dia em que o Senhor, primogênito dentre os mortos, subiu aos céus, onde reina para sempre com o Pai. Esta passagem da morte do pecado para a vida divina ocorre em cada um de nós no momento do batismo, sacramento da Páscoa, penhor da vida eterna, para a qual, a partir deste momento, podemos e devemos fazer progresso dia após dia. Assim, toda a vida cristã é sob o signo da morte e ressurreição, bem concretamente unidas na Páscoa de Cristo.

 

Gostaria de terminar colocando este Hino Cristológico da Carta de São Paulo aos Colossenses (Col 1, 15-20):

 

“O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;

Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.

E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.

E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.

Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse,

E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.”

 

Luís Renato C. de Oliveira, SJ

 

Pantocrator

Bogota – Abril/2016.

 

“Porque en él vivimos, y nos movemos, y somos.” Hechos, 17,28.

 

Esta pintura fue mi primera experiencia con el mural que realicé en 2010 Itaicí (Indaiatuna-SP-Brasil). Fue un descubrimiento muy interesante, me gustó tremendamente la técnica, las pinturas con las diversas posibilidades de sombras, textura de la pared, en definitiva, fue un momento muy especial. En el montaje de la capilla tuve la ayuda de Samuel y Nego (carpintería), Geni (costurera) y Néia (sacristía). Ver fotos Del proceso de esta pintura: https://www.facebook.com/renato.carvalho.39589/media_set?set=a.606823049380026.1073742027.100001570095135&type=3

 

La Iconografia

 

Los temas cristianos son uno de los campos más famosos de la iconografía; en el año 1570 ya había un interés marcado por este tipo de arte; de hecho, en ese año se publicó “Sobre las Pinturas y las Imágenes Santas”, una obra en forma de ensayo donde se describen los aspectos fundamentales con los que debe contar una pintura para pertenecer a este género.

 

Más adelante, con el descubrimiento de las catacumbas el interés creció y 1000 años después se publicaron las primeras hagiografías (historia de santos) donde retomaban las obras de índole cristiana y el contexto en el que habían surgido.

 

Las personificaciones es otra de las temáticas que se distinguen en la iconografía, a través de las cuales se pudieron comprender muchas cuestiones históricas de personajes que han transformado de alguna manera el cauce de la historia de la humanidad. La “Iconología de Ripa” fue una de las publicaciones que más influyó en este campo; se trataba de un manual que analizaba el concepto de lo abstracto y que servía de guía a los artistas de la época.

 

Por último, los emblemas eran otras de las imágenes estudiadas. Se trataba de un tipo de figuras simbólicas en las que se utilizaba un lenguaje figurativo. Estaban más cerca de los jeroglíficos que de las pinturas abstractas con atributos particulares. Este tipo de obras cobraron una importancia muy significativa durante el Siglo de Oro, donde los artistas se basaron en obras emblemáticas como motivo para sus pinturas y otras obras de arte.

 

La pintura

 

El atributo pantocrátor («todopoderoso», del griego παντοκράτωρ, compuesto de παντός —en español: «todo»— y de un derivado de κρατός —en español: «fuerza, poder»—) se aplicó a Zeus en la mitología griega. En la cultura cristiana se utiliza para referirse al Dios Padre omnipotente o a Cristo.

 

En concreto, en el arte bizantino y románico, con el término pantocrátor se designa la imagen con que se representa al Todopoderoso, Padre e Hijo, es decir, Creador y Redentor. La figura, siempre mayestática, muestra a una u otra persona divina en similar actitud: con la mano diestra levantada para impartir la bendición y teniendo en la izquierda los Evangelios o las Sagradas Escrituras. En ocasiones, se representa sólo el busto; otras veces, la figura completa entronizada que, cuando se trata del Padre, sostiene en sus rodillas a Cristo hijo. Dos son los lugares habituales para exhibir el pantocrátor en las iglesias: al exterior, en los tímpanos de las portadas, esculpido en piedra; o, en el interior, pintado en las bóvedas de horno de los ábsides. En todo caso, se suele enmarcar en un cerco oval conocido como mandorla (del italiano mandorla = almendra) y ocupan el espacio adyacente las cuatro figuras del tetramorfos, es decir, alegorías de los cuatro evangelistas.

 

Cristo en su passión

 

«El que quiera seguirme, que se niegue a sí mismo, cargue con su cruz cada día, y se venga conmigo»; «Quien no lleve su cruz detrás de mí no puede ser discípulo mío». Estas palabras tajantes de Jesús, como precisa san Lucas (Lc 9,23; 14,27), van dirigidas a todos. Generalmente se las entiende en un sentido metafórico: el discípulo de Cristo debe aceptar las pruebas y los sufrimientos de la vida, como Simón de Cirene, obligado a llevar la cruz de Jesús. Pero el modo de hablar de san Lucas, corroborada por el radicalismo característico que testimonian sus escritos, sugiere un sentido más realista.

 

El discípulo ha de estar dispuesto a ser rechazado y condenado por el mundo, puesto en la picota, como lo fue Jesús. Cuando, después de la cena, los apóstoles disputan sobre quién de ellos debe ser tenido como el primero, él les dice: «El primero entre vosotros pórtese como el menor; y el que gobierne, como el que sirve»; «Yo estoy en medio de vosotros como el que sirve» (Lc 22,26-2 7).

 

El evangelio de la Pasión según san Lucas pone particularmente de relieve el alcance concreto, práctico y realista de estas palabras y del ejemplo del Señor, Consciente de estar ante la hora del combate decisivo contra «el poder de las tinieblas» (Lc 22,53), Jesús saca fuerzas para afrontarlo de la oración y de la confianza en su Padre. Acepta libremente perder su vida para que los que «perseveren con él en sus pruebas» se sienten con él en el banquete del Reino, Sabiendo lo que cuesta «perseverar» y conociendo la debilidad de sus discípulos más generosos cuando Satanás se propone ponerlos a prueba, intercede ante el Padre para que su fe «no se apague» y, cuando se recobren, puedan «darse firmeza» unos a otros. Perdonando a Pedro que lo ha negado, orando por los que le están dando muerte y abriendo el paraíso al malhechor crucificado con él, da un último testimonio de la infinita misericordia divina, que tan a menudo había enseñado en las parábolas.

 

“Por qué buscáis entre los muertos al que vive?”

 

El día de Pascua se desarrolla en un clima de paz, serenidad y alegría interior. Es momento de meditar la Buena Noticia que ha resonado intensamente durante la noche. Es momento también de releer, a la luz del acontecimiento pascual, el conjunto de la obra llevada a cabo por Jesús de Nazaret, que, «ungido por Dios con la fuerza del Espíritu Santo», ofrece el perdón de los pecados a los que creen en él. «El testimonio de los profetas es unánime».

 

Ya que por el bautismo habéis pasado de la muerte a la vida, «buscad los bienes de allá arriba», dice san Pablo, «donde está Cristo sentado a la derecha de Dios». Cuando aparezca, «apareceréis, juntamente con él, en gloria» (Col 3,1-4). Por eso, «celebremos la Pascua, no con levadura vieja (levadura de corrupción y de maldad), sino con los panes ázimos de la sinceridad y la verdad» (1Co 55,8).

 

En los relatos de la resurrección según san Lucas hay unidad de acción, de tiempo y lugar: todo transcurre en el mismo día, en Jerusalén o en sus alrededores. El acontecimiento lo vive, por así decir, toda la comunidad congregada, en la que cada uno comparte inmediatamente con los otros su propia experiencia y su fe. El grupo de la> mujeres que habían visto morir a Jesús en la cruz, y habían asistido a su entierro, acuden al sepulcro «el primer día de la semana, de madrugada», con la intención de embalsamar el cuerpo que el viernes tuvieron que conformarse con envolver en una mortaja. Al llegar, ven que la piedra que cubría la entrada está corrida, pero el crucfi cada no está donde lo habían puesto. « Por qué buscáis entre los muertos al que vive? No está aquí. Ha resucitado». Para aceptar este mensaje, que tiene la concisión de una profesión de fe pascual, hay que recordar lo que Jesús dijo «estando todavía en Galilea». Los apóstoles, que en su predicación apelan al testimonio de las Escrituras, no han hecho aún esta tarea. Pedro, que va corriendo al sepulcro y se lo encuentra tal como las mujeres lo habían descrito, vuelve perplejo. Pero pronto verá al Resucitado en persona (Lc 24,34). Se convertirá entonces en el predicador intrépido de la Buena Noticia (Hch 5,29) y, como le había prometido el Señor confirmará en la fe a sus hermanos (Lc 22,32).

 

Por Jesucristo y en él, se cumplen todas las promesas de Dios. El hombre «ha muerto al pecado» en la cruz del Hijo de Dios, cabeza de la nueva humanidad. Y «vive para Dios» desde el día en que el Señor; primogénito de entre los muertos, subió a los cielos, donde reina para siempre junto al Padre. Este paso de la muerte del pecado a la vida divina se efectúa en cada uno de nosotros en el momento del bautismo, sacramento pascual, prenda de la vida eterna hacia la cual, desde este momento, podemos y debemos progresar día tras día. De este modo, toda la existencia cristiana está bajo el signo de la muerte y la resurrección, unidas de forma bien concreta en la Pascua de Cristo.

 

Me gustaria terminar este texto con el Himno Cristologico de la carta de San Pablo a los Colosenses (1, 15-20):

 

“El es la imagen del Dios invisible, el primogénito de toda creación.

Porque en él fueron creadas todas las cosas, las que hay en los cielos y las que hay en la tierra, visibles e invisibles; sean tronos, sean dominios, sean principados, sean potestades; todo fue creado por medio de él y para él.

Y él es antes de todas las cosas, y todas las cosas en él subsisten;

y él es la cabeza del cuerpo que es la iglesia, él que es el principio, el primogénito de entre los muertos, para que en todo tenga la preeminencia;

por cuanto agradó al Padre que en él habitase toda plenitud,

y por medio de él reconciliar consigo todas las cosas, así las que están en la tierra como las que están en los cielos, haciendo la paz mediante la sangre de su cruz.”

 

Luís Renato C. de Oliveira, SJ

 

 

 

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