segunda-feira, 2 de maio de 2016

Nossa Senhora da Paz


 
Nossa Senhora da Paz
Bogotá – Colômbia – Março/2016

 

É possível orar com os ícones!

 

O Senhor nos proporciona vários meios de oração. Meios de entrarmos em contato com Ele com maior facilidade: a Escritura (lectio divina), a liturgia (sacramentos), a música, a própria criação, a arte... Tudo o que esta relacionado a Deus mesmo pode nos levar à oração. Em tudo isso percebemos a presença de Deus, pois Ele se manifesta em toda a sua criação.

 

No relato da criação (Gn 1), vemos que a cada ato de criação, Deus profere uma Palavra: “isto é bom”. Com isso a Escritura quer nos dizer que todas as coisas existem e são sustentadas pela vontade e pela Palavra criadora de Deus. Em toda criação Deus imprimiu a sua Bondade – "e Deus viu que isto era bom".

 

Theotokos – Mãe de Deus

 

Julga-se que o título Theotókos, Mãe de Deus, aparece pela primeira vez, na literatura cristã, nos escritos de Orígenes (†250). Foi solenemente proclamado pelo Concílio de Éfeso (431) (BETTENCOURT, 2004).

 

Em que sentido Maria é a Mãe de Deus? Toda mãe é mãe de uma pessoa. A Pessoa que nasce de Maria é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que dela assumiu a carne humana. Maria, porém, não é mãe apenas da carne humana, mas de toda a realidade do seu Filho, o Verbo encarnado. Daí dizer-se que Maria é Mãe de Deus, mas enquanto Deus feito homem.

 

Deus escolheu Maria, por benevolência ou gratuidade, para ser Mãe Santa. Portanto, encheu-a de graça. Maria correspondeu fielmente ao dom de Deus, dizendo-se e fazendo-se a serva do Senhor (cf. Lc 1,38. 44). Maria foi escolhida como filha de Sião ou como membro de um povo chamado a gerar o Messias. Isto quer dizer que o Sim de Maria é o Sim de uma coletividade; é o Sim de todo o gênero humano, chamado a se prolongar na Igreja através dos séculos (BETTENCOURT, 2004).

 

Maria concebeu o Filho de Deus de maneira livre e generosa. Para isto, devia ter certo conhecimento do dom e da missão que lhe eram propostos (não se tratava de conhecimento pleno; (cf. Lc 2,50). Maria é privilegiada, mas ela se intitula “servidora de Deus e dos homens” (cf. Lc 2,38. 48). O próprio Jesus ensinou que “o maior deve ser como aquele que serve” (cf. Lc 22,26; Jo 12,13-15).

 

Desde remota época a Igreja professa que Maria é sempre virgem (no sentido físico). Esta verdade pertence ao patrimônio da fé, como declarou, em conformidade com a Tradição, o Papa Paulo V (aos 7/08/1555): “A bem-aventurada Virgem Maria foi verdadeira Mãe de Deus, e guardou sempre íntegra a virgindade, antes do parto, no parto e constantemente depois do parto” (DS 1880 [993]).

 

A doutrina da concepção virginal de Maria começa a ter sentido quando abordada de modo contemplativo no contexto da encarnação. As narrativas da infância de Mateus e Lucas são as únicas fontes que falam da concepção virginal de Jesus. Elas testemunham que Maria concebeu Jesus pelo poder da sombra do Espírito Santo sem intervenção masculina (cf. Lc 1,26-38; Mt 1,18-25). Os dois autores estão indicando o interesse na concepção virginal como sinal de escolha e graça divinas. A descrição extraordinária do nascimento de Jesus entra no discernimento cristológico de que Jesus é Filho de Deus, o Messias, desde o nascimento.

 

Assim, a doutrina da virgindade de Maria é indicativo das origens de Jesus no mistério de Deus que não se explicita apenas por ascendência humana, mas pela iniciativa criadora de Deus. Maria é virgem e mãe. Maria Virgem porque se guardou íntegra para Deus. Virgem por guardar íntegra a Palavra de Deus: “Faça-se em mim…”. Por isso é também a “sempre virgem Maria”: avançou íntegra na “penumbra da não-visão”; avançou em “peregrinação de fé” (LG 58).

 

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não como o mundo a dá. Não se preocupem ou tenham medo! "                       Jo 14,27.

 

Talvez um dos maiores dons que Jesus nos deixou é a paz. Paz no fundo do coração que faz o homem, mesmo no meio dos provas mais difíceis, não se sinta perturbado ou com medo. A paz de Deus é uma paz diferente, da que normalmente se procura.

 

É um dom divino que produz no cristão a certeza da presença de Deus e ajuda divina. Não é uma paz artificial de não enfrentar as nossas responsabilidades e compromissos, paz que muitas vezes é covardia ou fuga. Um rosto sereno em uma tempestade, em uma crise é o melhor sinal da presença de Deus nele. Algo que tem cientistas atônitos são os que têm estudado o "Sudário de Turim" ou "Sudário" é a grande paz que reflete a face do "retratado" nesta pintura no tecido.

 

Um homem que, aparentemente, foi martirizado de uma forma atroz e ainda morre com um rosto sereno. É uma paz que é conseguida, fazendo guerra contra o nosso egoísmo, a fim de abrir espaço para o Espírito crescer em nós e pacificar dentro. Convido-vos a pedir ao Senhor esta paz, a paz que torna a nossa vida preâmbulo para o céu.

 

Rainha da Paz

 

Na reconciliação ou "paz" entre Deus e o homem, que Ele fez, Maria é venerada cada dia mais como "Rainha da Paz":

 

• No mistério da Encarnação, a humilde serva do Senhor, ao receber o anúncio do anjo Gabriel, concebeu em seu seio virginal o Príncipe da Paz (cf. Lc. 1,26-38), o qual nos devolveu a paz , reconciliando consigo o céu e a terra.

 

• No mistério da Paixão, Maria é a Mãe fiel que permaneceu sem medo, de pé ao lado da cruz onde o Filho, para nos salvar, pacifica com seu sangue o universo.

 

• No mistério do Pentecostes, a Santíssima Virgem é a aluna da paz, orando com os apóstolos esperaram o Espírito da paz, da unidade, da caridade e da alegria.

 

Luís Renato Carvalho de Oliveira, SJ

 

 

Nuestra Señora de la Paz

Bogota – Colombia – Marzo/2016

 

Puede rezar con los iconos!

 

El Señor nos da diversos medios de la oración. Los medios para ponerse en contacto con él más fácilmente: Escritura (lectio divina), la liturgia (sacramentos), la música, la propia creación, el arte ... Todo lo que está relacionado con Dios mismo nos puede llevar a la oración. En todo esto vemos la presencia de Dios tal como se manifiesta en toda su creación.

 

En el relato de la creación (Gn 1), vemos que cada acto de la creación, Dios pronuncia una palabra: "esto es bueno". Con que la Escritura nos quiere decir que todas las cosas existen y son sostenidos por la voluntad y la Palabra creadora de Dios. En toda la creación Dios ha impreso su bondad - "Y vio Dios que era bueno."

 

Theotokos - Madre de Dios

 

Se cree que el título de Theotokos, Madre de Dios, aparece por primera vez en la literatura cristiana, los escritos de Orígenes († 250). Fue proclamada solemnemente por el Concilio de Éfeso (431) (BETTENCOURT, 2004).

 

¿En qué sentido es María, la Madre de Dios? Toda madre es la madre de una persona. La persona que ha nacido de María es la segunda Persona de la Trinidad, que tomó forma humana. Pero María no sólo es la madre de la carne humana, sino de toda la realidad de su Hijo, el Verbo encarnado. De ahí que decir que María es la Madre de Dios, sino como Dios hecho hombre.

 

Dios escogió a María, por la benevolencia o la generosidad, para ser santa madre. Por lo tanto, llena de gracia. María fielmente correspondió al don de Dios, diciendo y haciendo está la esclava del Señor (cf. Lc 1:38. 44). María fue elegida como la hija de Sión, o como miembro de un pueblo llamado a generar el Mesías. Esto significa que el Sí de María es el Sí de una colectividad; Sí es el de toda la humanidad, llamada a extender la Iglesia a través de los siglos (Bettencourt, 2004).

 

María concibió al Hijo de Dios libre y generosamente. Para esto, se debe tener algún conocimiento del don y la misión que se han propuesto (que no era el conocimiento pleno; (Lc 2,50) María es privilegiada, pero se llama "servidora de Dios y los hombres" (. .. cf. Lc 2,38 48) Jesús mismo enseñó que "el más grande debe ser como el que sirve" (Lc 22:26; Jn 12.13 a 15).

 

Desde fecha temprana la Iglesia profesa que María es siempre virgen (en el sentido físico). En realidad, esto pertenece al patrimonio de la fe, como se dijo, de acuerdo con la tradición, el Papa Pablo V (al 07/08/1555): "La Virgen María fue verdaderamente la Madre de Dios, y siempre mantuvo su virginidad intacta, antes del parto, en el parto y después del parto constantemente "(DS 1880 [993]).

 

La doctrina de la concepción virginal de María comienza a tener sentido cuando abordada en un estado de ánimo contemplativo en el contexto de la encarnación. Los relatos de la infancia en Mateo y de Lucas son las únicas fuentes que hablan de la concepción virginal de Jesús. Ellos testifican que María concibió a Jesús por la sombra del poder del Espíritu Santo sin la intervención del macho (Lc 1.26 a la 38; Mt 1.18 a 25). Los dos autores están indicando el interés en la concepción virginal como señal de selección y la gracia divina. La extraordinaria descripción del nacimiento de Jesús entra en la visión cristológica que Jesús es el Hijo de Dios, el Mesías, desde el nacimiento.

 

Por lo tanto, la doctrina de la virginidad de María es indicativo de los orígenes de Jesús en el misterio de Dios que no sólo por la ascendencia humana explícita, pero por la iniciativa creadora de Dios. María es virgen y madre. Virgen María, ya que mantiene integra  a Dios. Virgen para salvar su totalidad la Palabra de Dios: "Hágase en mí ...". Por lo que también es la "María siempre virgen": avanzado completa (integra) en la "penumbra de la falta de visión"; avanzado en "peregrinación de la fe" (LG 58).

 

“Les dejo la paz, les doy mi paz, pero no como la da el mundo. No se inquieten ni teman !”                                              Jn 14,27.

 

Quizás uno de los regalos más grandes que Jesús nos ha dejado, sea la paz. La paz profunda en el corazón que hace que el hombre, aun en medio de las más duras pruebas, no se sienta turbado ni con miedo. La paz de Dios es una paz diferente a la que de ordinario se busca.

 

Es un don divino que produce en el cristiano la certeza de la presencia de Dios y de la ayuda divina. No es una paz artificial producto del no afrontar nuestras responsabilidades y compromisos, paz que muchas veces es cobardía o evasión. Un rostro sereno en medio de una tormenta, de una crisis, es la mejor señal de la presencia de Dios en él. Algo que ha asombrado a los hombres de ciencia que han estudiado la "Sábana de Turín" o "Sábana Santa", es la enorme paz que refleja el rostro del hombre "retratado" en este lienzo.

 

Un hombre que, al parecer, fue martirizado de una manera atroz y que, sin embargo, muere con un rostro sereno. Es una paz que se consigue haciendo la guerra a nuestro egoísmo, a fin de dar espacio al Espíritu para que éste crezca en nosotros y nos pacifique interiormente. Te invito a que le pidas al Señor esta paz, la paz que hace de nuestra vida preámbulo del cielo.

 

Reina de la Paz

 

En la reconciliación o “paz” entre Dios y los hombres, que Él realizó, María ha sido venerada cada día más como “Reina de la Paz”:

 

•En el misterio de la Encarnación, la humilde esclava del Señor, al recibir el anuncio del ángel Gabriel, concibió en su seno virginal al Príncipe de la Paz (cf. Lc. 1,26-38), el cual nos devolvió la paz, reconciliando consigo el cielo y la tierra.

 

•En el misterio de la Pasión, María es la Madre fiel que se mantuvo intrépida, en pie, junto a la cruz donde el Hijo, para salvarnos, pacificó con su sangre el universo.

 

•En el misterio de Pentecostés, la santísima Virgen es la alumna de la paz que, orando con los Apóstoles, esperó el Espíritu de la paz, de la unidad, de la caridad y del gozo.

 

Luis Renato Carvalho de Oliveira, SJ

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