Misericordiae Vultus - JUBILEU
EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA
Papa Francisco – De 8.12.2015 a 20.11.2016
Uma
proposta de retiro...
Querid@s companheir@s de caminhada, muita PAZ!
No final do ano passado, uma das minhas últimas experiências de
orientação de retiro, foi com o Clero de Cruzeiro do Sul, no Acre, e foi uma
experiência muito boa, me pediram o tema do Ano da Misericórdia e procurei
preparar algo também em relação com o texto que o Papa Francisco enviou ao
mundo inteiro motivando esta belíssima proposta para este mergulho na imensidão
do amor de Deus por cada criatura, enfim, pela Criação inteira.
Terminava o retiro animando e sugerindo aos padres no Acre que pudessem
organizar e propor a experiência do retiro em silêncio para seu povo:
catequistas, ministros, jovens, coordenadores de comunidades e pastorais, lideranças,
enfim, a todo povo de Deus que tanto necessita sentir, acolher e ser testemunha
da misericórdia divina. Não apenas rezando a vida e a Palavra (Leitura Orante),
mas também com dinâmicas diferentes envolvendo o corpo, os símbolos e gestos na
liturgia com celebrações e momentos de mística que levem a uma verdadeira
experiência do amor gratuito de Deus pela humanidade.
Muito bem, como prometi, agora vou disponibilizar este material aqui no
Blog (http://caminhosdeformacao.blogspot.com.co/)
e sempre avisando no Face (Renato Jesuíta), podem copiá-lo e vejam, fazendo as
devidas adaptações, como melhor usá-lo em sua missão.
Continuem com Deus!
Aquele terno e e-terno abraço, Pe. Renato,SJ.
ESPIRITUALIDADE - A vida segundo o Espírito
Ao referir-nos à espiritualidade cristã, estamos
situados frente uma “vida segundo o Espírito” (Rom. 8,9), uma vida nascida,
orientada e alimentada pelo Espírito Santo; estamos, pois, frente à experiência
original que faz cristã uma pessoa: ser habitada pelo mesmo Espírito que
habitou Jesus de Nazaré. Deste modo, essa experiência é que busca ser,
primeiro, radicalmente vivida, e logo depois, formulada e comunicada naquilo
que chamamos “espiritualidade”.
Assim, a espiritualidade fica situada em seu húmus original: a experiência de Deus. Não é possível,
então, referir-se à espiritualidade cristã como a um mero conjunto de
“práticas” espirituais – de qualquer tipo que sejam e por mais importantes e
significativas que sejam consideradas – senão como a irrupção de algo tão
surpreendente, tão vigoroso e transformador como é o fato de que Deus mesmo
está se fazendo presente de modo singular na vida de homens e mulheres.
A vida cristã está selada, em sua
origem mesma, como “a vida do Espírito de Deus” naquele que crê; trata-se de
uma vida na fé – e do mesmo processo de acesso à fé -, do caminho de conversão,
do conhecimento e amor a Jesus Cristo, do desejo e capacidade para segui-Lo
colaborando no desígnio do Pai, vivendo segundo o projeto de Deus e seus
critérios tal como foram encarnados para sempre na vida e ensinamento de Jesus.
Toda esta vida é movida pela intervenção do Espírito Santo, comunicado como dom
gratuito e acolhido como tal.
Este viver “segundo o Espírito”
se contrapõe a “viver segundo a carne” (Gal. 5,16-25), ou seja, se contra-põe a
uma vida fechada sobre si mesma, numa perspectiva só terrena e orientada pelos
critérios e pelos “esquemas deste mundo” (Rom. 12,2).
A
espiritualidade cristã se refere, pois, à vida de Deus Trino em nós e, já que é
uma “vida”, ela comporta um dinamismo processual, um processo de orientação
permanente para o desígnio de Deus.
Igualmente,
já que é uma “vida”, seu caráter processual de conversão envolve todas as
dimensões da pessoa: seu pensar, seu sentir e querer e seu agir; ou seja, a
vida segundo o Espírito dinamiza um processo de transformação e elevação de
critérios, valores e atitudes, segundo Jesus Cristo.
Em
outras palavras, o dom da vida segundo o Espírito dinamiza um processo de
transformação pessoal que se expressa em um conjunto de convicções, de valores,
de obras e compromisso, à imagem de Jesus Cristo.
Em seu caráter de dom gratuito, a
“vida segundo o Espírito” é um permanente chamado à nossa liberdade, um chamado
que se concretiza com nossa resposta a uma determinada vocação à santidade e ao
apostolado. Esta vida é a obra do Espírito Santo em nós, Ele é nosso
evangelizador que nos conduz à configuração com Jesus Cristo, o que inicia a
consuma a fé, segundo o desígnio do Pai.
Textos
Bíblicos:
Rm 8, 1-15; Gal 5,16-25; Jo 4,
5-30;
Bom dia Pe Renato. Que maravilha sua iniciativa e desde já agradeço. Fica com Deus amigo e esteja certo que vamos fazer bom uso de seu material.
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