sábado, 16 de abril de 2016

Nossa Senhora das Candeias


 
Nossa Senhora das Candeias
Bogotá – Colômbia – Fev/2016

 

“Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens.

A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram.”

João 1:4-5

 

Gostaria de propor este ícone como experiência de oração. Assim como é impossível ensinar alguém a rezar simplesmente por palavras, também é impossível ensinar ou aprender a orar com os ícones sem que haja uma experiência. Por isso muito mais do que falar do ícone vamos experimentar esse tipo de oração. É uma oração muito simples, pois os ícones são para os «pobres de coração» (cf.Mt.5,3). Não se reza com os ícones simplesmente com o intelecto, mas com o coração. É uma oração de humildade, onde temos que nos despojar de nossos pré-conceitos e concepções pessoais. Orar com os ícones significa entregar-se e participar daquilo que nele já está proposto. O ícone mesmo já é uma oração.

 

Maria e o Mistério do Cristo. Lc 1,45: “Feliz daquela que acreditou que teriam cumprimento as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor.” As proféticas palavras de Isabel não se aplicam apenas àquele momento particular da Anunciação, porque aquele foi apenas o ponto de partida no qual se inicia todo o Seu “itinerário para Deus”, toda a sua caminhada de fé. Da saudação de Isabel, revela-se a verdade sobre Maria, que chegou a entrar realmente no Mistério de Cristo porque acreditou.

 

Diz o Santo Padre João Paulo II: “Acreditar quer dizer abandonar-se à própria verdade da Palavra de Deus vivo, sabendo e reconhecendo humildemente quão insondáveis são os seus desígnios e imperscrutáveis as sua vias” (Rom 11,33). Maria, que pela eterna vontade do Altíssimo veio encontrar-se, por assim dizer, no próprio centro daquelas “imperscrutáveis vias” e daqueles “insondáveis desígnios” de Deus, conforma-se a eles na obscuridade da fé, aceitando plenamente e com coração aberto tudo aquilo que é disposição dos desígnios divinos.

 

O Antigo Testamento não fala de Maria, com palavras explícitas. Alguns de seus textos referem-se à Mãe do Messias, contendo profecias sobre Maria. A Constituição Dogmática “Lumen Gentium” sobre a Igreja, no Capítulo VIII: A Bem-Aventurada Virgem Maria Mãe de Deus, no mistério de Cristo e da Igreja (nº 55), refere-se à mulher, Mãe do Redentor (Gn 3,15); a Virgem Mãe que dará à luz um Filho chamado Emanuel (Is 7,14 – cf. Mt 1, 22-23), o qual nascerá em Belém (Mq 5,2-3 – cf. Mt 2, 5-6).

 

“Proto-Evangelho” (Gn 3,15):

 

Gn 3,15: “Porei hostilidade entre ti e a mulher, entre tua linhagem e a linhagem dela. Ela te esmagará a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. Esse texto da Bíblia é chamado o “Proto-Evangelho” (primeiro evangelho). A primeira “Boa-Nova” da salvação. Deus compromete-se a dar aos homens um Redentor. É o primeiro anúncio da vitória do Messias Redentor, nascido de uma mulher. Quem é a mulher? Em sentido literal se refere à Eva, a primeira mulher que se deixou seduzir pela serpente; Eva como mãe da linhagem que há de vencer a serpente. Quem obteria a vitória final sobre a serpente, num sentido coletivo, seria todo o gênero humano fiel a Deus Entende-se por “Sentido literal”: “É não apenas legítimo mas indispensável procurar definir o sentido preciso dos textos tais como foram produzidos por seus autores, sentido chamado “literal” ... O sentido literal da Escritura é aquele que foi expresso diretamente pelos autores humanos inspirados”. Conforme a letra do texto, e este tomado isoladamente, Maria, bem como Jesus Cristo, não aparecem na passagem bíblica. Sob o aspecto mariológico, se bem que o texto não fale diretamente de Maria, explica o Concílio Vaticano II, Maria “já é profeticamente esboçada na promessa dada aos primeiros pais caídos no pecado, quando se fala da vitória sobre a serpente” (cf. Gn 3,15). (Constituição Dogmática “Lumen Gentium” Sobre a Igreja, nº 55).

 

“Quando chegou a plenitude dos tempos, mandou o seu Filho, nascido de mulher… para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4,4-5). Constantemente na história da salvação, Deus manifesta o seu amor de Pai junto a seu povo. O amor é revelado por meio de uma eleição: uma jovem é separada para que por meio dela o Filho de Deus pudesse assumir a humanidade decaída com o pecado. Assim como por meio de uma mulher (Eva), o pecado “entrou” no mundo, Deus separa uma mulher para que por meio dela chegue a Salvação: dá-se uma nova criação. Há um novo Adão e, do seu lado é tirada a mulher, a nova Eva; um novo povo é constituído.

 

Maria é a Mulher do sim. O sim dado ao Amor. A obediência dada por amor. A entrega dada no amor. Desta maneira, Maria tem uma grande importância na história da salvação e na vida de muitos cristãos e sua figura é tradicionalmente reconhecida na Igreja Católica.

 

“Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti” (Is 60.1-2).

 

A palavra “luz” é destacada pelo profeta Isaías. O que é a “luz”? Todos sabemos que a luz é a ausência de trevas, mas devemos entender que a questão aqui é a separação entre a luz e as trevas. Lemos já no início da Bíblia: “...e (Deus) fez separação entre a luz e as trevas” (Gn 1.4b). Deus não eliminou as trevas, Ele as separou da luz. Portanto, uma segunda palavra-chave que devemos lembrar é “separação”.

 

Quando Jesus, a luz do mundo, o Verbo (a Palavra) de Deus, fez-se carne e habitou entre nós, Ele ofereceu a luz a todos, dizendo: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12). João, porém, declarou: “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1.5). Por que as trevas não a compreendem? Encontramos a resposta para essa importante questão em João 3.19-20: “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüídas as suas obras”.

 

Ao contrário do que muitas vezes nós pensamos Jesus não veio ao mundo para condenar as nossas más ações, mas, justamente para nos ajudar a não mais cometê-las. A salvação de Jesus implica, porém, em que nós o acolhamos e não o rejeitemos.  Jesus é a luz enviada pelo Pai não para condenar, mas para nos salvar. Luz que iluminou e continua iluminando através dos missionários de hoje, as nossas mentes, conduzindo-nos a seguir o verdadeiro caminho da verdade e da vida em abundância.

 

“O povo que caminhava nas trevas viu uma grande luz;

sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz.”

Isaías 9:2

 

Luís Renato Carvalho de Oliveira, SJ

 

 

Nuestra Señora de las Candelas

Bogota – Colombia – Feb/2016

 

"En él estaba la vida, y que era la luz de los hombres.

La luz brilla en la oscuridad, y la oscuridad no ha entendido ".

Juan 1: 4-5

 

Me gustaría proponer este icono como una experiencia de oración. Al igual que es imposible enseñar a alguien a orar sólo en palabras, sino que también es imposible enseñar o aprender a rezar con los iconos sin una experiencia. Mucho más que de conversación vamos a experimentar este tipo de oración com los iconos. Es una oración muy sencilla, ya que los iconos son el "corazón de los pobres" (cf.Mt.5,3). No ores con los iconos simplemente con el intelecto, sino con el corazón. Es una oración de humildad, donde tenemos que despojarnos de nuestros prejuicios y concepciones personales. Orar con iconos significa rendirse y unirse a lo que em ellos, los iconos, se propone ahora. El mismo icono es ya una oración.

 

María y el misterio de Cristo. Lucas 1,45: "Feliz la que ha creído que se cumplirían de lo que le fueron dichas de parte del Señor". Las palabras proféticas de Elizabeth se aplican no sólo a ese momento concreto de la anunciación, porque eso fue sólo el punto de partida, adonde comienza todo su "camino hacia Dios", todo su camino de fe. Del saludo de Isabel, reveló la verdad sobre María, que vino a realmente entrar en el misterio de Cristo porque creía.

 

Dice el Papa Juan Pablo II: "Creer significa abandonarse a la verdad de la Palabra del Dios viviente, sabiendo y reconociendo humildemente cuán insondables son sus juicios e inescrutables sus caminos" (Rom 11,33). María, que por la eterna voluntad del Altísimo vino a encontrarse con él, por así decirlo, en el centro mismo de aquellos "inescrutables caminos" y los "insondables designios» de Dios, se ajusta a ellos en la penumbra de la fe, aceptando plenamente y con corazón abierto todo lo que está determinado en el plan divino.

 

El Antiguo Testamento no habla de María, con palabras explícitas. Algunos de sus textos se refieren a la madre del Mesías, que contiene profecías acerca de María. La Constitución dogmática "Lumen Gentium" en la Iglesia, Capítulo VIII: La Virgen María Madre de Dios, en el misterio de Cristo y la Iglesia (Nº 55), se refiere a la mujer, Madre del Redentor (Génesis 3: 15); la Virgen Madre que dará a luz a un hijo llamado Emmanuel (Is 07:14 - Mt 1: 22-23), lo que va a nacer en Belén (Miqueas 5.2 a 3 - cf. Mt 2, 5-6).

 

"Protoevangelio" (Gen 3:15):

 

Gen 03:15: "Y pondré enemistad entre ti y la mujer, y entre tu simiente y la simiente de ella. Ésta te herirá en la cabeza, y tú le herirás en el calcañar ". El texto de la Biblia se llama el "Protoevangelio" (primer evangelio). La primera "buena noticia" de la salvación. Dios se compromete a dar a los hombres un Redentor. Es el primer anuncio de la victoria del Mesías Redentor, nacido de una mujer. ¿Quién es la mujer? En sentido literal, se refiere a Eva, la primera mujer que fue seducida por la serpiente; Eva como el linaje de la madre allí para ganar la serpiente. Quien se quedaría con la victoria final sobre la serpiente, en un sentido colectivo, sería toda la humanidad fiel a Dios, se entiende como "sentido literal": "No sólo es legítima sino necesaria para tratar de definir el significado exacto de los textos como fueron producidos por su autores, llamados sentido "literal" ... el sentido literal de la Escritura es la que se expresa directamente por los autores humanos inspirados ". De acuerdo con la letra del texto, y que se toma solo, María, como Jesucristo, no aparecen en la Escritura. Bajo el aspecto de Mariología, aunque el texto no habla directamente de María, dijo que el Concilio Vaticano II, María "ya está proféticamente indicada en la promesa dada a nuestros primeros padres caidos en el pecado, cuando se habla de la victoria sobre la serpiente" (cf. Gen 3:15). (Constitución dogmática "Lumen Gentium" en la Iglesia, n ° 55).

 

"Cuando se cumplió el tiempo, envió a su Hijo, nacido de mujer ... para que recibiéramos la filiación adoptiva" (Ga 4.4 a 5). Constante en la historia de la salvación, Dios manifiesta su amor paternal con su pueblo. El amor se revela a través de una elección: una mujer joven se separa de manera que a través de ella el Hijo de Dios podría llevar a la humanidad caída en pecado. Así como a través de una mujer (Eva) el pecado ha "entrado" en el mundo, Dios separa a una mujer para que a través de ella viene la salvación: la integración de una nueva creación. Hay un nuevo hombre y de su mano se toma a la mujer, la nueva Eva; un pueblo nuevo se hace.

 

María es la mujer de sí. Sí dada al Amor. La obediencia dada por amor. La entrega dada en el amor. De esta manera, María tiene una gran importancia en la historia de la salvación y en la vida de muchos cristianos y su figura es tradicionalmente reconocida en la Iglesia Católica.

 

"Levántate, resplandece, porque ha venido tu luz, y la gloria de Jehová ha nacido sobre ti. Porque he aquí que las tinieblas cubrirán la tierra, y de oscuridad las naciones; pero aparece sobre ti, resplandece el Señor y su gloria será visto sobre ti." (Is 60,1-2).

 

La palabra "luz" se pone de relieve por el profeta Isaías. ¿Cuál es la "luz"? Todos sabemos que la luz es la ausencia de la oscuridad, pero hay que entender que la cuestión aquí es la separación entre la luz y la oscuridad. Leemos al comienzo de la Biblia: "... y Dios separó la luz de la oscuridad" (Génesis 1.4b). Dios no eliminó la oscuridad, Él separó la luz. Por lo tanto, la segunda palabra clave que hay que recordar es "separación".

 

Cuando Jesús, la luz del mundo, la Palabra de Dios se hizo carne y habitó entre nosotros, ha dado a luz a todos, diciendo: "Yo soy la luz del mundo" (Juan 8:12). Juan, sin embargo, dijo: "Y la luz brilla en las tinieblas, y las tinieblas no la comprendieron" (Juan 1,5). ¿Por qué la oscuridad no la entendía? Encontramos la respuesta a esta importante pregunta en Juan 3,19-20: "esta es la condenación: que la luz vino al mundo, y los hombres amaron más las tinieblas que la luz; porque sus obras eran malas. Para todo aquel que hace lo malo, aborrece la luz y no viene a la luz, a fin de no ser acusado sus obras ".

 

Contrariamente a lo que a menudo pensamos que Jesús no vino al mundo para condenar nuestras malas obras, pero sólo para que nos ayude ya no cometerlas. La salvación de Jesús implica, sin embargo, que es posible la bienvenida y no rechazar. Jesús es la luz enviada por el Padre no para condenar sino para salvarnos. Luz que ilumina y continúa iluminando a través de los misioneros de hoy en día, nuestras mente, que nos lleva a seguir el verdadero camino de la verdad y la vida en abundancia.

 

"El pueblo que andaba en tinieblas vio una gran luz;

sobre los que vivían en tierra de sombra de muerte, la luz resplandeció ".

Isaías 9: 2

 

Luis Renato Carvalho de Oliveira, SJ

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