quinta-feira, 9 de junho de 2016

TRÊS MODOS DE ORAR SEGUNDO S.INÁCIO



TRÊS MODOS DE ORAR SEGUNDO S.INÁCIO




Fazem parte da 4a. Semana; provavelmente se referem às formas de oração

na vida cotidiana, pois há referência a um ambiente mais distendido.



Primeiro modo de orar (EE. 238-248)



Trata-se de um modo de engajar-nos, com toda nossa existência cotidiana, numa oração concreta e realista.

Tal modo consiste numa série de exercícios que estimulam a pessoa a progredir na virtude.

É um método de revisão rezada da vida.

                   

Repassar, um por um, os pontos de um assunto



S. Inácio propõe 4 assuntos:

1) os l0 mandamentos

2) os 7 vícios capitais (e as virtudes opostas)

3) as 3 potências da alma (memória, inteligência e vontade)

4) os 5 sentidos corporais.

        

Podem ser tomados outros assuntos: as 7 obras de misericórdia (espirituais e corporais) as 15 características da caridade (1Cor. 13). Consiste em deter-se em cada ponto por alguns instantes, demorando-se mais em alguns e passando mais rápido outros (conforme a necessidade pessoal).

        

Este modo de orar não é propriamente um esquema, método ou exercício de oração, mas um meio para dispor a pessoa para progredir e para que ela reze melhor. Ex: (ao repassar os 7 vícios capitais): o que é preciso evitar aqui? em quê falhei? ( ao repassar os sentidos corporais): como uso este sentido? como Jesus usou? como fazer para imitá-lo?



Segundo modo de orar (EE. 249-257)



Contemplar o significado de cada palavra da oração. S. Inácio propõe, em primeiro lugar, a oração do Pai-Nosso. Em outros exercícios podem ser tomadas outras orações, como a Ave-Maria, Credo, Alma-de-Cristo.



Modo de proceder no exercício:



1) Posição do corpo (aquela em que a pessoa encontra maior disposição ou maior devoção).

2) Olhos: fechados ou fitos num lugar.

3) Dizer palavra por palavra. Ex: Pai.

4) Considerar esta palavra enquanto encontrar significados, sentidos novos, comparações, gosto e consolação, em considerações relacionadas com a mesma, sem se preocupar em passar adiante.

5) Terminado o tempo, recitar toda a oração de modo costumeiro...

6) Não passar à palavra seguinte, mesmo que fique muito tempo do exercício apenas em uma ou duas palavras.

7) No colóquio final, dirigindo-se em poucas palavras à pessoa a quem fez a oração, pedir as virtudes ou graças de que sentir maior necessidade.

8) Voltando a fazer o exercício, se foram tomadas no anterior só as duas primeiras palavras, repetir de modo simples estas duas primeiras palavras e deter-se na terceira palavra.



Terceiro modo de orar (EE. 258-260)



Orar por ritmo, ou ritmar a oração segundo a respiração. S. Inácio propõe em primeiro lugar a oração do Pai-Nosso. Em outros exercícios podem ser tomadas outras orações.



Modo de proceder no exercício



1) A cada aspiração ou expiração, pronuncia-se mentalmente uma palavra da oração. Ex:: Pai

2) Enquanto é dita a palavra, saborear o significado de tal palavra ou à pessoa a quem se dirige ou à nossa condição de fragilidade ou à diferença entre a nossa condição e  a da pessoa a quem se reza.

   

Este método assemelha-se à forma oriental de oração, conhecida como “oração de Jesus”,  cujo  princípio de base é “fazer Jesus entrar no coração” (a fonte mais profunda da vida humana): consistia em repetir lenta e indefinidamente, ao ritmo da aspiração e expiração do ar, a invocação “Senhor Jesus, Filho de Deus, tende piedade de mim, pecador”.  

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