quarta-feira, 15 de junho de 2016

Nossa Senhora dos Beija-flores



Nossa Senhora dos Beija-flores

Bogotá – Colômbia – Maio/2016.



Iconografia



A iconografia inclui tudo relacionado com a descrição das imagens, pinturas, monumentos, estátuas e retratos. O termo está relacionado com o conjunto de imagens (especialmente aquelas que são antigas) e relatório descritivo ou apresentação sobre elas.



Iconografia, portanto, pode ser definida como a disciplina que se concentra no estudo da origem e processamento de imagens e suas relações simbólicas e / ou alegóricas. É um ramo que começou a ser cultivado no século XIX em Londres (Inglaterra) e, em seguida, expandiu-se para outros países europeus.



Significativamente, a noção de iconografia está associada com o conceito de iconologia, que faz parte da semiótica e simbolismo que é responsável por analisar as denominações de artes visuais. Iconologia, têm seus especialistas, estuda como se representam valores e virtudes por meio de figuras de pessoas.



A diferença entre os dois termos é sutil: enquanto a iconografia enfatiza a descrição das imagens, a iconologia propõe um estudo maior com clasificações e comparações.



As principais áreas abrangidas pela iconografia são a mitologia de caráter cristão, mitologia clássica e representações de inspiração civil. Dentro do Cristianismo, o Concílio de Trento que se desenvolveu no século XVI promulgou o "Decreto sobre as imagens" que estipulava as características e funções de imagens católicas.



Este documento faz uma distinção entre imagens dogmáticas (aqueles que defendem dogma católico contra os protestantes através de Cristo, a Virgem Maria, os apóstolos São Pedro e São Paulo) e imagens devocionais (que são destinados para venerar o restante dos santos).



Utilidada da iconografía



Através da investigação levada a cabo na iconografia poderia ser encontrado o valor artístico de uma obra considerando sua idade; ou seja, englobando obras em um contexto sócio-cultural e histórico. Este estudo está dividido em duas partes: a diacrônica (estudando o processo de desenvolvimento do trabalho de fundo e) e outra sincrônica (que analisa os aspectos sócio-culturais que influenciaram o autor).



Uma figura chave na iconografia foi Erwin Panofsky, um historiador de arte de renome do século XIX que soube diferenciar entre a obra de arte e o documento que permitia contextualizá-lo, ou seja, o estudo de agentes que podem ter influenciado a criação.



Os temas cristãos são um dos campos mais famosos da iconografia; em 1570 havia um interesse marcado por este tipo de arte; Na verdade, naquele ano, se publicou "Sobre as pinturas e as imagens sagradas", um trabalho em forma de ensaio que descreve os aspectos fundamentais que devem ter uma pintura para pertencer a este gênero.



Mais tarde, com a descoberta das catacumbas o interesse cresceu e 1000 anos após se publicaram as primeiras hagiografias (história dos santos), onde retomaram as obras de natureza cristã e o contexto em que havia surgido.



As personificações é outro dos temas que se distinguem na iconografia, através da qual eles poderiam entender muitas questões históricas de pessoas que de alguma forma transformaram o curso da história da humanidade. A "Iconologia de Ripa" foi uma das publicações mais influentes neste domínio; Foi um manual que analisou o conceito do abstrato e que serviu como um guia para os artistas da época.



Finalmente, os emblemas foram outras da imagens estudadas. Era uma espécie de figuras simbólicas em que se usou linguagem figurada. Eles estavam mais perto dos hieróglifos de pinturas abstratas com atributos específicos. Este tipo de trabalho cobrava uma importância significativa durante a Idade de Ouro, onde os artistas foram baseados em obras emblemáticas como motivo para suas pinturas e outras obras de arte.






Maria no Evangelho de Lucas



De todos os Evangelhos, Lucas é o que mais nos fala de Maria. Primeiramente nos relatos da infância, onde ela tem um papel mais ativo do que o que vimos em Mateus; em seguida, no marco da atividade apostólica de Jesus, com quatro textos, dois dos quais coincidem com as tradições de Marcos e de Mateus (cf. Lc 4,16-30 e 8,19-21) e outros dois que pertencem à tradição própria de Lucas (cf. Lc 3,23 e 11,27-28); por último, no começo dos Atos dos Apóstolos, quando se inicia a história da Igreja (cf. At 1,14).



A primeira coisa que temos de afirmar, ao entrar na análise dos textos lucanos sobre Maria, dentro do chamado Evangelho da infância (Lc1-2), é que os textos são fundamentalmente cristológicos e mariológicos. Maria não tem uma identidade e uma vocação própria, mas dentro e a serviço da cristologia. Ela é tudo para Jesus e se transforma e se enriquece plenamente por e para Jesus. Para isto, temos alguns títulos que ilustram esta tão grandiosa discípula: Filha de Sião, Virgem e Mãe, Cheia de Graça, Morada de Deus, Cheia do Espírito, Serva e mulher de fé e Portadora da santa presença. Temos também textos bíblicos que falam da sua experiência como Mãe do Salvador: Lc1, 26-28 (o anúncio do Anjo); Lc1-39-45 (a visita a Isabel); Lc1, 46-55 (o cântico da libertação). Assim sendo, Maria surge em Lucas como a primeira mensageira do Evangelho de Deus: leva a Notícia da paz, da felicidade e da salvação, desde a Galiléia até a região de Judá. Mas Maria é a primeira mulher que acolhe o Evangelho e o comunica a seus irmãos, trazendo-lhes o gozo escatológico, quer dizer, a alegria e a segurança da salvação definitiva (cf. Lc 1,44).



Em Lucas percebemos a participação e a cooperação de Maria no plano da salvação, desde a anunciação até o início da Igreja: “todos estes unânimes, perseveravam na oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e com seus irmãos” (At 1,14).



Portanto, no Evangelho de Lucas vimos que Maria é apresentada como a Mãe do Salvador e esta em Atos exerce a função de Mãe da comunidade, pois, ela se encontra reunida com esta comunidade nascente para receber em oração a Promessa do Espírito; com esta comunidade reunida com os seus para orar e esperar de seu Filho o presente dos tempos novos. É, finalmente, irmã na comunidade e discípula do Senhor exaltada, que permanece em Jerusalém em cumprimento da Palavra do Mestre (cf. At 1,5-8) (ALVAREZ, 2005).



O Beija-flor...



Beija-flor é uma ave da família Trochilidae, de tamanho pequeno e frequentemente com plumagem colorida e brilhante. O beija-flor também é conhecido como colibri, chupa-flor, pica-flor, chupa-mel. Existem aproximadamente 325 espécies de beija-flores no mundo.



O beija-flor pertence à ordem dos apodiformes, e por isso tem algumas semelhanças com andorinhas. Os apodiformes têm asas finas e compridas, e por isso conseguem voar rapidamente.



Os beija-flores não conseguem andar ou saltar, sendo que as suas patas têm como único objetivo se agarrarem ao ninho, muros ou penhascos.



Conseguem voar em qualquer direção, e por isso são muitas vezes comparados com helicópteros. Tem um longo bico e uma língua bifurcada e comprida, que usa para tirar o néctar das flores. Quanto à alimentação, os beija-flores também costumam comer moscas e formigas. Esta ave consome aproximadamente 50% do seu peso em açúcar todos os dias, e se alimenta em média 5 a 8 vezes por hora.



A coloração da plumagem do beija-flor não é causada pela pigmentação da pena, mas sim pela iridescência na disposição das penas e da influência do nível de luz, umidade e outros fatores. Os beija-flores possuem entre 1.000 a 1.500 penas, sendo uma das aves no mundo com menos penas.



Cerca de 25 a 30% do peso do beija-flor está nos músculos peitorais, músculos responsáveis pelo voo. As asas do beija-flor batem entre 50 a 200 vezes por segundo, dependendo da direção do voo e das condições climatológicas. O ritmo cardíaco do beija-flor é extremamente elevado, com cerca de 1.200 batidas por minuto.



Apesar do seu pequeno tamanho, os beija-flores são uma das espécies de aves mais agressivas, e por vezes atacam aves muito maiores que invadem o seu território, como corvos e falcões.



Em inglês, o beija-flor é traduzido por hummingbird, sendo que humming corresponde ao som que é feito pelo bater das asas dessa ave.



Simbologia do beija-flor



O beija-flor tem valor simbólico em várias culturas. Na cultura asteca, por exemplo, as almas dos guerreiros falecidos voltavam à terra sob a forma de beija-flor.



O beija-flor, também conhecido como colibri, é o mensageiro dos deuses e simboliza o renascimento, a delicadeza e a cura.



Além de ter propriedades mágicas, o passarinho pode ser considerado também um símbolo de alegria e energia, uma vez que bate as asas com bastante determinação e força e tem um batimento cardíaco bastante acelerado.



Para os Ameríndios, o beija-flor simboliza a beleza, a harmonia, a verdade e a força.



Os índios hopis, do Arizona, por sua vez, consideram o beija-flor um herói que salva a humanidade da fome, visto ele intervem com o deus da germinação e do crescimento.



Segundo o xamanismo, o beija-flor é um símbolo do amor romântico, graça, alegria, cura, sorte e suavidade.



Luís Renato Carvalho de Oliviera, SJ

4 comentários:

  1. Que lindo, hoje recebi a visita de dois beija flor, um pareceu me encarar 🙏🏽🙏🏽🙏🏽

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  2. Gostaria muito de saber mais sobre nossa senhora do beija flor

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  3. Pois essa noite tive um sonho como disaflor abraçado à nossa senhora

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  4. Por dias seguidos estou recebendo a visita de um beija flor e hoje especialmente, ele parecia conversar comigo.

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