quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Natal - Sentido Teológico



Natal: Introdução e considerações gerais

No ciclo do Natal, celebramos o mistério pascal de Cristo em suas primeiras manifestações. Nele fazemos memória da vinda salvífica do Senhor, da sua manifestação na fragilidade de nossa carne, na contingência e contradições de nossa história, enquanto aguardamos seu novo Natal, seu Reino, sua vinda definitiva e gloriosa no fim dos tempos.

Como lemos no Guia Litúrgico Pastoral, tempo do Natal “é a comemoração do nascimento do Senhor, em que celebramos a ‘troca de dons entre o céu e a terra’, pedindo que possamos ‘participar da divindade daquele que uniu ao Pai a nossa humanidade’. Na Epifania, celebramos a manifestação de Jesus Cristo, Filho de Deus, ‘luz para iluminar todos os povos no caminho da salvação”.

NATAL / EPIFANIA

“Hoje nasceu para vocês um Salvador, que é o Cristo, o Senhor” (Lc 2,11).
“Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorar o Rei das gentes!” (c€ Mt 2,2).

Sentido Teológico:

No Natal celebramos o nascimento de Jesus, o Filho de Deus feito homem. A salvação entra definitivamente em nossa história pela porta dos pequenos, e a contemplamos na singeleza do Menino de Belém, na visita dos pastores e dos magos ao presépio, no Batismo de Jesus no Jordão, quando o Pai o proclama que esse é seu Filho amado a quem devemos ouvir.

Este é o tema fundamental muito bem articulado pelo conjunto dos textos bíblicos e eucológicos da liturgia destas festas. Sobretudo, os vários prefácios constituem uma preciosa síntese teológico- espiritual do mistério da Encarnação.

Contemplamos o nascimento do Senhor, não como um acontecimento isolado, mas plenamente conjugado com o mistério de sua páscoa e da parusia. A manifestação que se iniciou com seu nascimento segundo a carne, só será plena com sua morte-ressurreição- ascensão e efusão do Espírito Santo, tendo sua culminância na sua segunda vinda no final dos tempos. O Ressuscitado se revela a nós como quem assume a nossa condição humana e a transforma. A redenção é a finalidade da encarnação do Filho de Deus e de sua consequente manifestação à humanidade.

Epifania — palavra grega, significa entrada poderosa, chegada solene de um rei ou imperador tomando posse de um território; ou da aparição de uma divindade ou de sua intervenção prodigiosa. Para nós, cristãos, é a festa da manifestação de Jesus, que veio para todos os povos.

A Epifania é para o Natal, o que Pentecostes é para a Páscoa: seu desenvolvimento e proclamação ao mundo é o desfecho radiante do Natal!

Deus se manifesta a todos os que o buscam e o querem acolher. Assim foi que os magos, vindos do Oriente, seguindo a estrela, chegaram a Belém, onde encontraram o Menino e sua Mãe; adoraram- No e fizeram suas ofertas (cf. Mt 2,1-12).

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