Natal: Introdução e considerações gerais
No ciclo do Natal,
celebramos o mistério pascal de Cristo em suas primeiras manifestações. Nele
fazemos memória da vinda salvífica do Senhor, da sua manifestação na
fragilidade de nossa carne, na contingência e contradições de nossa história,
enquanto aguardamos seu novo Natal, seu Reino, sua vinda definitiva e gloriosa
no fim dos tempos.
Como lemos no Guia
Litúrgico Pastoral, tempo do Natal “é a comemoração do nascimento do Senhor, em
que celebramos a ‘troca de dons entre o céu e a terra’, pedindo que possamos
‘participar da divindade daquele que uniu ao Pai a nossa humanidade’. Na
Epifania, celebramos a manifestação de Jesus Cristo, Filho de Deus, ‘luz para
iluminar todos os povos no caminho da salvação”.
NATAL / EPIFANIA
“Hoje nasceu para
vocês um Salvador, que é o Cristo, o Senhor” (Lc 2,11).
“Vimos sua estrela
no Oriente e viemos adorar o Rei das gentes!” (c€ Mt 2,2).
Sentido Teológico:
No Natal celebramos
o nascimento de Jesus, o Filho de Deus feito homem. A salvação entra
definitivamente em nossa história pela porta dos pequenos, e a contemplamos na
singeleza do Menino de Belém, na visita dos pastores e dos magos ao presépio,
no Batismo de Jesus no Jordão, quando o Pai o proclama que esse é seu Filho
amado a quem devemos ouvir.
Este é o tema
fundamental muito bem articulado pelo conjunto dos textos bíblicos e
eucológicos da liturgia destas festas. Sobretudo, os vários prefácios
constituem uma preciosa síntese teológico- espiritual do mistério da
Encarnação.
Contemplamos o
nascimento do Senhor, não como um acontecimento isolado, mas plenamente
conjugado com o mistério de sua páscoa e da parusia. A manifestação que se
iniciou com seu nascimento segundo a carne, só será plena com sua
morte-ressurreição- ascensão e efusão do Espírito Santo, tendo sua culminância
na sua segunda vinda no final dos tempos. O Ressuscitado se revela a nós como
quem assume a nossa condição humana e a transforma. A redenção é a finalidade
da encarnação do Filho de Deus e de sua consequente manifestação à humanidade.
Epifania — palavra
grega, significa entrada poderosa, chegada solene de um rei ou imperador
tomando posse de um território; ou da aparição de uma divindade ou de sua
intervenção prodigiosa. Para nós, cristãos, é a festa da manifestação de Jesus,
que veio para todos os povos.
A Epifania é para o
Natal, o que Pentecostes é para a Páscoa: seu desenvolvimento e proclamação ao
mundo é o desfecho radiante do Natal!
Deus se manifesta a
todos os que o buscam e o querem acolher. Assim foi que os magos, vindos do Oriente,
seguindo a estrela, chegaram a Belém, onde encontraram o Menino e sua Mãe; adoraram-
No e fizeram suas ofertas (cf. Mt 2,1-12).
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