Dimensão espiritual:
O mistério do Natal
nos convida a uma verdadeira e total reconciliação com nossa realidade humana,
pessoal e social: sermos pessoas profundamente humanas, abertas a relações
fraternas, sensíveis aos dramas da humanidade e solidários com a causa dos
pobres, “os pastores” de hoje a quem a boa notícia da libertação deve ser
anunciada e concretizada.
Permitir, como
Maria, a Serva do Senhor, o Espírito molde progressivamente em nós, a imagem do
Filho amado do Pai. No Menino de Belém, o Pai nos contempla como filhos e
filhas muito amadas e, nós nos encontramos como irmãos de todos.
Se estamos unidos a
Jesus, o Pai confirma que somos seus filhos e filhas, com a missão de fazer
crescer o Reino: “Tu és meu filho, eu hoje te gerei.” (Sl 2,7; Lc 3,22b)
O mistério de sua
Epifania nos convida a uma atitude de abertura a todos os povos, a seus
diferentes valores e culturas. Seguindo a estrela, adoramos o Salvador na
fragilidade do Menino de Belém que se manifestou solidário à nossa condição
humana e abriu a todos a salvação.
Deus continua se
manifestando em nossas buscas pessoais, sociais, políticas; na caminhada
inquieta da humanidade para a fonte da Vida; manifestação aos “magos” de hoje —
os que buscam a Luz, a Verdade.
Saber olhar e
identificar a estrela que conduz ao Menino, ao projeto de justiça, fraternidade
e paz que nos faz capazes de mudar de rumo: do caminho que leva aos Herodes de
hoje, cujo projeto é matar a vida e, decididos nos abrir ao novo projeto, que
brilha com a estrela da esperança, mudando os caminhos de nosso país,
privilegiando a vida, a pessoa e pondo em segundo plano, o mercado, o capital,
o lucro...
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