Pintura
bizantina
A pintura bizantina pode ser considerada como aquela
associada à corte de Constantinopla e que tem suas raízes na arte paleocristã.
Seu apogeu foi também no reinado de Justiniano.
Primeira
Idade do Ouro
As grandes obras da Primeira Idade de Ouro do Império
Bizantino se encontram em Ravena, na Itália. A principal igreja desse tempo foi
a Basílica de São Vital em Ravena. Seus laços com a corte bizantina estão
presentes em dois famosos mosaicos que ladeiam o altar-mor. Justiniano e a Imperatriz
Teodora acompanham a missa como se fosse em uma capela lateral. As figuras são
extraordinariamente altas e delgadas, mas não apresentam nenhum movimento. Os
mosaicos dão ideia da realeza divina da Corte Bizantina.
Outro monumento do reinado de Justiniano, e, sem dúvida, o
mais importante, é Santa Sofia. Após a conquista turca, os mosaicos da igreja
foram tapados com uma camada de cal e só mais tarde procedeu-se à sua limpeza.
O interior da igreja é leve e o dourado dos mosaicos completa a ilusão de
irrealidade.
Segunda
Idade do Ouro
As igrejas da Segunda Idade de Ouro do Império Bizantino eram
menos imponentes que Santa Sofia. Um exemplo é o Mosteiro de Dafne, na Grécia.
Em sua cúpula, encontra-se um mosaico de Cristo Pantocrator (Todo-Poderoso) sobre
um fundo de ouro. A maior e mais suntuosa igreja da Segunda Idade de Ouro
Bizantina é a Catedral de São Marcos, em Veneza. Os mosaicos em seu interior
são muito famosos.
Questão
iconoclástica
Em 726, um edito imperial proibiu as imagens religiosas no
Império Bizantino. A população se dividiu entre dois grupos: os iconoclastas e
os iconófilos. Os iconoclastas eram destruidores de imagens e seguiam uma
interpretação rigorosa da Bíblia, que tentava evitar a idolatria a imagens. A
querela marcou a ruptura final entre a fé católica e a fé ortodoxa. O édito
reduziu a produção de imagens sagradas, mas não completamente.
A iconoclastia despertou uma renovação de interesse pela arte
secular, de motivos clássicos. O mosaico com cenas do Gênesis na Catedral de
São Marcos é outro reflexo de fontes antigas, que deve ter tido sua inspiração
em manuscritos iluminados paleocristãos. Essa volta aos clássicos fez com a
arte bizantina representasse, quando possível, figuras mais humanas de Cristo,
o que influenciou grandemente a arte posterior.
Pintura
bizantina final
A pintura bizantina final foi aquela de antes da derradeira
invasão turca. Devido ao empobrecimento do Império, a pintura mural substituiu
os mosaicos, como se vê na decoração de uma capela funerária contígua a Kariye
Camii, a antiga Igreja de Chora, em Istambul. O que mais impressiona na obra é
sua força dramática, uma qualidade difícil de encontrar em toda arte bizantina.
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