Fauvismo
Fauvismo é uma tendência estética da pintura,
surgida no final do século XIX e desenvolvida no início do século XX, que tinha
por características principais o uso exacerbado de cores fortes e o teor
dramático nas obras.
O movimento foi tipicamente francês, iniciou-se
por parte dos artistas da época que se opunham a seguir a regra da estética
impressionista, em vigor na época. A tendência foi considerada movimento
artístico apenas em 1905.
O Fauvismo, ou Fovismo, tinha temática leve, baseada
na alegria de viver e nas emoções, e não tinha fundamentação ou intenção
crítica nem política. A gradiente de cores é consideravelmente reduzida nestas
obras, mas o papel das cores é extremamente importante nelas, pois eram
responsáveis pela noção de limites, volume, relevo e perspectiva. Além disso,
as cores não tinham relação direta com a realidade, não correspondiam à cor
real do objeto representado.
O início do movimento, no final do século XIX,
teve como representantes precursores Paul Gauguin e Vincent Van Gogh. Os
estilos destes dois renomados artistas exerceram forte influência sobre os
adeptos do Movimento Fauvista. O Fauvismo influenciou muito a ruptura da arte
moderna com a antiga estética vigente, além disso, modificou a idéia de
utilização das cores nas artes plásticas.
O termo surgiu de uma expressão pejorativa,
utilizada pelo crítico de arte Louis Vauxcelles ao ver uma obra de Henry
Matisse, em 1905, no Salão de Outono, em Paris. A expressão utilizada pelo
crítico, “Les Fauves”, significa “os selvagens”. Apesar dos artistas seguidores
e dos adeptos do movimento renegarem a nomenclatura, esta acabou ficando na
história da arte.
Para o movimento Fauvista, as criações artísticas
não possuem relação com intelecto ou sentimentos, ou seja, a criação artística
deve ser livre e espontânea, baseada no instinto, nos impulsos primários.
Também as cores, era levada amplamente em consideração a larga preferência por
cores puras, elas são exaltadas no Fauvismo, e linhas e cores não possuem uma
ordem predeterminada, são empregadas nas obras da mesma forma primária e
instintiva que fazem crianças e selvagens, como diziam os próprios artistas.
Algumas das características físicas da pintura
fauvista são o colorido brutal, as pinceladas violentas e definitivas,
irrealidade na correspondência das cores da realidade com a representação e a
pintura por manchas largas, na formação de grandes planos.
Os principais nomes do Fauvismo foram Vincent Van
Gogh, Paul Gauguin, Georges Braque, Andre Derain, Jean Puy, Paul Cézanne, Henri
Matisse, Kees van Dongen, Raoul Dufy e Georges Roualt.
Fauvismo
O fauvismo ou fovismo (do francês fauvisme,
oriundo de les fauves, "as feras", como foram chamados os pintores
não seguidores do cânone impressionista, vigente à época) é uma corrente
artística do início do século XX, que se desenvolveu entre 1905 e 1907.[1]
La Danseuse jaune (1912) de Alexis
Mérodack-Jeanneau (1873-1919). Musée des Beaux-Arts d'Angers.
O estilo começou em 1901 mas só foi denominado e
reconhecido como um movimento artístico em 1905. Segundo Henry Matisse, em
"Notes d'un Peintre", pretendia-se com o fauvismo "uma arte do
equilíbrio, da pureza e da serenidade, destituída de temas perturbadores ou
deprimentes".
História
Retrato de Matisse, expoente do fauvismo, em 20
de maio de 1933.
Este grupo de pintores utilizava nos seus quadros
cores violentas, de forma arbitrária. A denominação do movimento deve-se ao
crítico conservador Louis Vauxcelles, que, no Salão de Outono de 1905, em
Paris, comparou-os a feras (fauves). Havia ali uma escultura acadêmica
representando um menino, rodeada de pinturas neste novo estilo, que o levou a
dizer que aquilo lhe lembrava "um Donatello entre as feras". Tal
denominação, inicialmente de caráter depreciativo, acabou por se fixar e passou
designar o movimento.
O campo da criação artística é atingido
fortemente pela Revolução Industrial. As mudanças são tão rápidas que seria
impossível adotar os cânones artísticos anteriores. Neste meio não é mais
permitido o estudo profundo, é preciso ingressar na corrida artística. As
amarras criadas por normas sagradas buscam agora um novo propósito: pintar as
sensações que despertam o estado de espírito no livre curso dos impulsos
interiores. Muitas vezes o aprendizado é questionado. É a época da glorificação
do instinto. O meio artístico gira em torno de um novo mundo. Está em ebulição.
Multiplicam-se novos temas a respeito da arte, surgem novos comerciantes de
quadros, críticos e exposições particulares. O artista possui, diante de si, cada
vez mais informações em razão das mudanças e dos acontecimentos de sua época.
Os pintores fauvistas foram influenciados por:
Van Gogh, através de seu emocionalismo e ardor passional no uso das cores, e
por Gauguin, com seu primitivismo e visão sintética da natureza. A nova
estética obedece aos impulsos instintivos ou as sensações vitais. Criar
desobedecendo a uma ordem intelectual, onde as linhas e as cores devem jorrar
no mesmo estado de pureza das crianças e selvagens, afrontando os cânones
tradicionais da pintura. Evitam a ilusão da tridimensionalidade. A tela se
apresentava plana, fornecendo apenas comprimento e largura. Basearam-se na
força dos matizes saídos das bisnagas de tinta.
A realidade era deformada com a finalidade de
produzir o estado de espírito do artista diante do espetáculo oferecido pela
natureza em movimento (reflexos dos tons vivos sobre a água e galhos
retorcidos). A nova geração de artistas buscava recomeçar sem se preocupar com
a composição. Na ânsia de pintar o estado de graça, muitas vezes aplicava-se a
tinta diretamente na tela, onde os vermelhos, os amarelos, os verdes uivavam e
antecipavam o gosto moderno pela cor pura. Era o novo espírito de síntese, que
deixava para segundo plano o desenho e a forma. Os elementos formais tornaram-se
deformadores e criavam contrastes ou harmonia de coloridos inexistentes no
mundo visível. Não se deixaram escravizar pelos aspectos visuais da realidade e
do naturalismo. A nova arte surgiu como verdadeira libertação da realidade
objetiva e foi construída pelas sensações visuais impulsivas dos artistas.
Características
da pintura
O fauvismo tem como características marcantes:
A simplificação das formas e utilização maciça de
cores puras;
A pouca, ou nenhuma, gradação entre os matizes;
As pinceladas, largas e definitivas, que
continham espontânea gestualidade;
A utilização da cor na delimitação dos planos e
na sensação de profundidade;
A escolha dos matizes sem relação com a
realidade;
O movimento rítmico sugerido pelas linhas,
texturas e pela continuidade dos elementos desenhados;
Impulsividade e experimentação, em vez de
exaustivos estudos preparatórios;
Temas quotidianos que retratavam emoções e a
alegria de viver;
A tradução de sensações elementares, no mesmo
estado de graça das crianças e dos selvagens;
Principais
artistas do movimento
Albert Marquet
Andre Derain
George Rouault
Henri Matisse
Jean Puy
Kees Van Dongen
Maurice de Vlaminck
Raoul Dufy
Fontes:
http://www.pitoresco.com.br/art_data/fauvismo/index.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fovismo
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